Empresas de tecnologia usam nova linha de crédito do BNDES para crescerEmpresas de tecnologia usam nova linha de crédito do BNDES para crescer
17-03-2015Divulgação Catamoeda®
Fonte: Brasil Econômico – IG
10 de Março de 2015
São Paulo – Um dos principais mercados de tecnologia, o Brasil ainda produz poucos exemplos de empresas capazes de fazer frente às multinacionais do setor. Não são raros os casos de companhias locais que sucumbem ao desafio de equilibrar a expansão de suas operações com a necessidade de investir em inovações que tragam vantagens frente à concorrência estrangeira. Essa equação está no centro de uma iniciativa lançada em agosto pelo Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Voltada a empresas brasileiras com faturamento anual de até R$ 90 milhões e criada em parceria com a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), a linha de crédito MPME Inovadora fechou 2014 com um total financiado de R$ 120 milhões no país. Com o acesso a esses recursos, algumas companhias já estão construindo uma trilha para subir na escala de competitividade.
Entre outras condições, a linha de crédito ofereceu — até 2014 — empréstimos com juros fixos de 4% ao ano, carência de até quatro anos e a possibilidade de financiar a cifra em até 120 meses. Para pleitear o financiamento, a empresa precisava atender a pelo menos um dos requisitos que a classifica como inovadora, como por exemplo, a detenção de registros e patentes de software; e a participação em incubadoras ou programas de inovação de entidades como o Sebrae. “Inovação é um investimento de risco e de longo prazo. Leva um tempo considerável para ter retorno desse aporte”, diz Roberto da Cruz, executivo-chefe da Pixeon, empresa de softwares para a área de saúde, um dos negócios beneficiados pela iniciativa. “Com essas condições da linha de crédito, conseguimos diluir nosso risco e, ao mesmo tempo, usar o nosso caixa para investir em expansão geográfica e sustentar o crescimento da empresa”, afirma.
Com 1,5 mil clientes , a Pixeon está usando o valor financiado para expandir seu portifólio de computação em nuvem. A ideia é cobrir toda a cadeia de saúde — pacientes, clínicas , médicos e hospitais — com ferramentas de colaboração e gestão. Para esses projetos, a empresa conta com uma equipe de 35 profissionais.
Ampliar a atuação é também a ideia da CataMoeda. A empresa catarinense desenvolve máquinas que são instaladas em estabelecimentos como supermercados e que coletam moedas depositadas pelos consumidores. Em troca, esses clientes têm acesso a cupons de desconto nas lojas da rede. A companhia financiou R$ 860 mil com uma carência de 24 meses e uma prazo de amortização de 72 meses. “Conseguimos criar uma máquina de menor porte, que vai nos ajudar a expandir nossa oferta para outros mercados, como drogarias, redes de cinema e postos de gasolina”, diz Vanusa Uller, diretora da CataMoeda, que hoje possui máquinas instaladas em 150 pontos de venda e prevê fechar 2014 com mais de 500 equipamentos em clientes.
Um dos pontos destacados pela executiva foi o fato de a linha não exigir garantias para financiamentos de até R$ 1 milhão. “Essa é uma dificuldade para uma empresa de tecnologia ter acesso a crédito, já que ela está muito mais ligada a ativos intelectuais”, explica.
Para Murilo Pessatti, executivo-chefe da Chipus, empresa de design de chips, uma das vantagens é o fato de grande parte do processo ser realizado na ponta, por meio de parceiros do BNDES, como o Banco Regional do Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), entidade que liderou os financiamentos na região Sul, a primeira a receber a iniciativa. “Da entrada no processo até a liberação do desembolso, levamos cinco meses. Normalmente, em programas desse porte, o prazo é de pelo menos um ano”, afirma. A Chipus vai destinar o valor de R$ 670 mil obtido para levar à frente três projetos de pesquisa, entre eles, a criação de um chip para redes inteligentes de energia. “Temos quatro anos de carência e até o fim deste prazo, já teremos produtos desenvolvidos e geração de receitas”, diz.
Segundo André Medrado, analista do departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) do BNDES, uma das prioridades foi justamente uma lacuna identificada pelo banco e a Abes: as empresas de menor porte. Esses negócios não eram atendidos por programas como o Prosoft, que tem critérios mais restritivos. “E com esses parceiros regionais, conseguimos ter mais capilaridade e rapidez para alcançar essas empresas”, afirma. Ele conta que a linha terá mudanças em 2015, como o aumento da taxa anual para 6,5% e a queda na participação do BNDES no financiamento do valor total do projeto, de 90% para 70%.
Presidente da Abes, Jorge Sukarie acrescenta que o próximo passo é fortalecer as parcerias para levar o programa — hoje disponível nos estados do Sul, e em São Paulo — a outras regiões. “Nossa ideia é lançar a iniciativa ainda neste semestre em Minas Gerais e Pernambuco, que já possuem polos relevantes de tecnologia, como o Porto Digital”, diz.
Divulgação Catamoeda®
Fonte: Brasil Econômico - IG
10 de Março de 2015
São Paulo - Um dos principais mercados de tecnologia, o Brasil ainda produz poucos exemplos de empresas capazes de fazer frente às multinacionais do setor. Não são raros os casos de companhias locais que sucumbem ao desafio de equilibrar a expansão de suas operações com a necessidade de investir em inovações que tragam vantagens frente à concorrência estrangeira. Essa equação está no centro de uma iniciativa lançada em agosto pelo Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Voltada a empresas brasileiras com faturamento anual de até R$ 90 milhões e criada em parceria com a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), a linha de crédito MPME Inovadora fechou 2014 com um total financiado de R$ 120 milhões no país. Com o acesso a esses recursos, algumas companhias já estão construindo uma trilha para subir na escala de competitividade.
Entre outras condições, a linha de crédito ofereceu — até 2014 — empréstimos com juros fixos de 4% ao ano, carência de até quatro anos e a possibilidade de financiar a cifra em até 120 meses. Para pleitear o financiamento, a empresa precisava atender a pelo menos um dos requisitos que a classifica como inovadora, como por exemplo, a detenção de registros e patentes de software; e a participação em incubadoras ou programas de inovação de entidades como o Sebrae. “Inovação é um investimento de risco e de longo prazo. Leva um tempo considerável para ter retorno desse aporte”, diz Roberto da Cruz, executivo-chefe da Pixeon, empresa de softwares para a área de saúde, um dos negócios beneficiados pela iniciativa. “Com essas condições da linha de crédito, conseguimos diluir nosso risco e, ao mesmo tempo, usar o nosso caixa para investir em expansão geográfica e sustentar o crescimento da empresa”, afirma.
Com 1,5 mil clientes , a Pixeon está usando o valor financiado para expandir seu portifólio de computação em nuvem. A ideia é cobrir toda a cadeia de saúde — pacientes, clínicas , médicos e hospitais — com ferramentas de colaboração e gestão. Para esses projetos, a empresa conta com uma equipe de 35 profissionais.
Ampliar a atuação é também a ideia da CataMoeda. A empresa catarinense desenvolve máquinas que são instaladas em estabelecimentos como supermercados e que coletam moedas depositadas pelos consumidores. Em troca, esses clientes têm acesso a cupons de desconto nas lojas da rede. A companhia financiou R$ 860 mil com uma carência de 24 meses e uma prazo de amortização de 72 meses. “Conseguimos criar uma máquina de menor porte, que vai nos ajudar a expandir nossa oferta para outros mercados, como drogarias, redes de cinema e postos de gasolina”, diz Vanusa Uller, diretora da CataMoeda, que hoje possui máquinas instaladas em 150 pontos de venda e prevê fechar 2014 com mais de 500 equipamentos em clientes.
Um dos pontos destacados pela executiva foi o fato de a linha não exigir garantias para financiamentos de até R$ 1 milhão. “Essa é uma dificuldade para uma empresa de tecnologia ter acesso a crédito, já que ela está muito mais ligada a ativos intelectuais”, explica.
Para Murilo Pessatti, executivo-chefe da Chipus, empresa de design de chips, uma das vantagens é o fato de grande parte do processo ser realizado na ponta, por meio de parceiros do BNDES, como o Banco Regional do Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), entidade que liderou os financiamentos na região Sul, a primeira a receber a iniciativa. “Da entrada no processo até a liberação do desembolso, levamos cinco meses. Normalmente, em programas desse porte, o prazo é de pelo menos um ano”, afirma. A Chipus vai destinar o valor de R$ 670 mil obtido para levar à frente três projetos de pesquisa, entre eles, a criação de um chip para redes inteligentes de energia. “Temos quatro anos de carência e até o fim deste prazo, já teremos produtos desenvolvidos e geração de receitas”, diz.
Segundo André Medrado, analista do departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) do BNDES, uma das prioridades foi justamente uma lacuna identificada pelo banco e a Abes: as empresas de menor porte. Esses negócios não eram atendidos por programas como o Prosoft, que tem critérios mais restritivos. “E com esses parceiros regionais, conseguimos ter mais capilaridade e rapidez para alcançar essas empresas”, afirma. Ele conta que a linha terá mudanças em 2015, como o aumento da taxa anual para 6,5% e a queda na participação do BNDES no financiamento do valor total do projeto, de 90% para 70%.
Presidente da Abes, Jorge Sukarie acrescenta que o próximo passo é fortalecer as parcerias para levar o programa — hoje disponível nos estados do Sul, e em São Paulo — a outras regiões. “Nossa ideia é lançar a iniciativa ainda neste semestre em Minas Gerais e Pernambuco, que já possuem polos relevantes de tecnologia, como o Porto Digital”, diz.